Frei Tito nasceu em Fortaleza e estudou no Liceu do Ceará. Assumiu a direção da Juventude Estudantil Católica em 1963 e foi morar em Recife. Ingressou no noviciado dos dominicanos em Belo Horizonte em 1966 e fez a profissão dos votos no ano seguinte, mudando-se então para São Paulo para estudar Filosofia na Universidade de São Paulo. Em outubro de 1968, Frei Tito foi preso por participar de um congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes em Ibiúna. Foi fichado pela polícia e tornou-se alvo de perseguição da repressão militar. No início de 1970, Frei Tito foi torturado nos porões da chamada “Operação Bandeirantes”. Na prisão, ele escreveu sobre a sua tortura e o documento correu pelo mundo e se transformou em símbolo de luta pelos direitos humanos.
Quando secar o rio de minha infância
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos do meu ser secar,
minh'alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
- lá onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali, erguerei uma tenda junto aos bosques,
todas as tardes me deitarei na relva,
e nos dias silenciosos farei minha oração:
meu eterno canto de amor: expressão pura de minha
mais profunda angústia
nos dias primaveris, colherei flores
para meu jardim da saudade.
Assim, exterminarei a lembrança de um passado sombrio.
(Frei Tito de Alencar)
Quando secar o rio de minha infância
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos do meu ser secar,
minh'alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
- lá onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali, erguerei uma tenda junto aos bosques,
todas as tardes me deitarei na relva,
e nos dias silenciosos farei minha oração:
meu eterno canto de amor: expressão pura de minha
mais profunda angústia
nos dias primaveris, colherei flores
para meu jardim da saudade.
Assim, exterminarei a lembrança de um passado sombrio.
(Frei Tito de Alencar)
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