Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada
Sente, alongamente os olhos dêste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por tôda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
(Elizabeth Barrett Browning)
sábado, 28 de abril de 2007
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